Esta semana assisti a este video da Cinthya Rachel e me senti um tanto aliviada em perceber que não sou a única pensar que a perfeição é um objetivo tão inatingível quanto fazer chover chocolate do céu. O ser humano, por natureza, física, biológica, psicológica e o que quer mais que seja, é imperfeito. Não somos simétricos, não somos 100% índoles, passamos a vida em busca de um corpo esculpido que, por natureza, não nos pertence. Estamos o tempo inteiro julgando, tomando decisões, rotulando o bem e o mal, o perfeito e o imperfeito. A vida perfeita só existe na ficção. Em um comercial de margarina de trinta segundos.
Ainda assim, buscamos e buscamos aquilo que não podemos ter. Isso é muito mais palpável quando olhamos para o universo da beleza e seus primers que prometem sumir com poros, cremes milagrosos vão até contra a génetica do corpo feminino, afirmam que o bumbum fica lisinho em uma semana. E nós acreditamos porque nunca estamos satisfeitas com a imagem do espelho. Nunca seremos perfeitas do jeito que somos. Precisamos ter o corpo de fulana ou ciclana. Precisamos sair em todas as fotos flawless: sem rugas, sem poros, sem manchas, como uma verdadeira obra prima do Photoshop.
Eu como designer, sei bem das maravilhas que uma ferramenta de edição de imagem pode fazer. Os sonhos que pode vender. E ainda assim, eu mesma me vejo sendo ludibriada muitas e muitas vezes. Esta semana me peguei pensando o quanto eu seria mais feliz se apenas aceitasse que a perfeição não existe. Algumas coisas nós podemos melhorar: mudar a vida, correr atrás de um sonho, um emprego novo, novos contatos, uma nova rotina, um corpo que nós deixe mais feliz. Mas a perfeição… Esta deve-se reservar para as 2h que você passa numa sala de cinema. Ou para o livro que te mantém entretido. A vida é imperfeita em sua essência e desconfio que talvez seja isso que a faça tão interessante e preciosa.
E já que a história é sobre imperfeição e felicidade, este fim de semana revi um dos meus filmes favoritos: “A Procura da Felicidade”. A história é baseada em fatos reais e muito, mas muito inspiradora! Will Smith interpreta Chris Gardner, um vendedor de equipamentos médicos com um filho e uma esposa. As vendas vão de mal a pior e logo Chris encontra-se sem um teto para morar, sem a esposa e com um filho de cinco anos para criar. Ele resolve mudar de emprego e aposta todas as suas fichas em um programa de estágio não remunerado em uma corretora de ações. Imaginem como deve ser fácil criar um filho sem ter uma casa e sem ter a certeza de poder alimentá-lo e dar a ele a assistência necessária. E quantas pessoas não passam por isso…
Mas a história gira em torno da determinação e da coragem do personagem de enfrentar seus desafios e ir de encontro com seus sonhos e desejos. Apesar de não ser um filme novo, quem não viu é uma boa dica! Assisti a ele duas vezes e é impossível não se emocionar. E pra quem acha que Will Smith só consegue fazer MIB, fique feliz em saber que “A Procura da Felicidade” o rendeu uma indicação ao Oscar e outra ao Globo de Ouro, ambos na categoria de melhor ator.
Anote na agenda para assistir no fim de semana!
E para terminar, uma imagem que ficou impressa na minha mente: um arco-íris duplo em São Paulo! É tão difícil conseguir ver um por aqui, que dirá dois! Fiquei tão, mas tão feliz e confesso, até me emocionei.
Uma resposta em “Aleatoriedades de Segunda #4”
Hahahahaha! Sabe qual o pior? Parece que quando eu acho que não tem mais o que fazer, que nós já alcançamos todos os limites do absurdo, eis que a notícia mais bombástica do dia é a atriz de 50kg que tem uma barriguinha quando senta curvada.
É o fim do tempos, não tem outra justificativa. x_x
Beijos!